No caminho de nossa fé, poucos exemplos bíblicos nos tocam tão profundamente quanto a história de Marta, Maria e Lázaro. Estes três irmãos, moradores da pequena aldeia de Betânia, abriram não apenas as portas de sua casa para Jesus, mas também seus corações, estabelecendo com o Mestre uma amizade tão íntima que perpassa os séculos e chega até nós como um convite à intimidade com Cristo.
O Evangelho nos apresenta esta família especial (Marta, Maria e Lázaro) em momentos distintos, cada um revelando uma faceta particular da vida cristã. Marta, com seu serviço dedicado; Maria, com sua contemplação amorosa; e Lázaro, testemunho vivo do poder restaurador de Jesus. Juntos, eles formam um mosaico completo do discipulado e nos oferecem um espelho para nossa própria jornada espiritual.
Neste artigo devocional, mergulharemos nas passagens bíblicas que narram a relação de Jesus com estes três irmãos, extraindo lições preciosas para nossa vida de fé. Que ao contemplar o exemplo desta família de Betânia, possamos também abrir as portas de nosso lar e, mais importante ainda, de nosso coração para receber Aquele que é o caminho, a verdade e a vida.
A Casa de Betânia: Um Refúgio para Jesus
“Aconteceu que, indo eles de caminho, entrou Jesus numa aldeia. E certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa.” (Lucas 10:38)
Betânia era uma pequena aldeia situada a aproximadamente três quilômetros de Jerusalém, no declive oriental do Monte das Oliveiras. Este pequeno povoado tornou-se conhecido nos Evangelhos principalmente pela presença desta família que acolhia Jesus com alegria e devoção.
A Escritura nos mostra que a casa de Marta, Maria e Lázaro não era apenas um lugar de passagem para o Senhor, mas um verdadeiro refúgio onde Ele encontrava descanso e amizade sincera. Em meio à crescente hostilidade dos fariseus e líderes religiosos, Jesus sabia que em Betânia seria sempre bem-vindo.
Esta realidade nos convida a refletir: estaria nossa casa, nosso coração, aberto para receber Jesus? Temos feito de nossa vida um lugar onde Cristo pode repousar, encontrar abrigo e se sentir verdadeiramente acolhido?
Nas vésperas de sua Paixão, Jesus retornou a Betânia diversas vezes, buscando o consolo da amizade verdadeira antes de enfrentar o sofrimento da cruz. Como nos lembra o Evangelho de João: “Jesus amava a Marta, a sua irmã e a Lázaro” (João 11:5).
Este amor particular por esta família nos ensina que o Senhor, em sua humanidade, também buscava o calor da amizade e do acolhimento. Ele não apenas dava, mas também recebia. Não apenas ensinava, mas também se deleitava na companhia daqueles que o amavam.
Marta: O Dom do Serviço e da Hospitalidade
“Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada com muitos serviços.” (Lucas 10:40)
Marta nos é apresentada como a dona da casa, provavelmente a irmã mais velha. Seu nome, de origem aramaica, significa “senhora” ou “dona”, o que condiz com seu papel de anfitriã e cuidadora do lar.
Quando pensamos em Marta, geralmente nos vem à mente a cena narrada por Lucas, onde ela trabalha ativamente para servir Jesus enquanto sua irmã Maria está sentada aos pés do Mestre. Neste episódio, Marta se queixa: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe servir sozinha? Dize-lhe, pois, que me ajude.” (Lucas 10:40)
A resposta de Jesus é conhecida: “Marta, Marta, andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, poucas são necessárias, ou mesmo uma só; Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.” (Lucas 10:41-42)
Muitas vezes interpretamos esta passagem como uma crítica a Marta, mas precisamos ter cuidado com esta simplificação. Jesus não condena o serviço de Marta, mas sim sua ansiedade e preocupação excessiva. O próprio Cristo ensinou que “o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir” (Marcos 10:45).
O serviço prestado com amor é uma expressão autêntica de fé. Santa Teresa de Ávila, doutora da Igreja, escreveu certa vez: “Sabei que, entre os potes e panelas, anda o Senhor”. Esta frase nos lembra que o serviço cotidiano, quando realizado por amor a Deus e ao próximo, tem imenso valor espiritual.
A verdadeira lição para Marta, e para nós, não é abandonar o serviço, mas realizá-lo com equilíbrio, sem perder de vista o essencial: a presença de Jesus. É possível servir contemplando e contemplar servindo.
O Crescimento Espiritual de Marta
No Evangelho de João, vemos Marta em outro momento crucial – diante da morte de seu irmão Lázaro. Nesta ocasião, percebemos um notável crescimento espiritual:
“Marta, pois, quando ouviu que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou sentada em casa. Disse, então, Marta a Jesus: Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas também agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá.” (João 11:20-22)
Neste diálogo, Marta demonstra uma fé profunda e uma confiança inabalável em Jesus. Sua confissão de fé é uma das mais belas da Escritura:
“Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus que havia de vir ao mundo.” (João 11:27)
Esta confissão se iguala à de Pedro em Mateus 16:16, revelando que Marta não era apenas uma mulher preocupada com os afazeres domésticos, mas uma discípula com profunda compreensão teológica e espiritual.
Maria: O Dom da Contemplação e do Amor Extravagante
“Maria, sentada aos pés do Senhor, ouvia-lhe a palavra.” (Lucas 10:39)
Se Marta nos ensina o valor do serviço, Maria nos mostra a beleza da contemplação. Enquanto sua irmã se ocupava dos preparativos para receber Jesus adequadamente, Maria escolheu sentar-se aos pés do Mestre, postura típica dos discípulos da época, absorvendo cada palavra que saía de seus lábios.
Maria representa a dimensão contemplativa da vida cristã, a atitude de quem coloca Jesus no centro, como a “única coisa necessária”. Ela nos ensina que, por mais importantes que sejam nossas atividades, nada deve nos privar do tempo de intimidade com o Senhor.
Em outro episódio memorável, narrado em João 12 e também em Mateus 26 e Marcos 14, Maria realiza um gesto de extraordinária generosidade e amor:
“Maria, tomando uma libra de perfume de nardo puro, muito caro, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se a casa com o perfume.” (João 12:3)
Este gesto foi criticado por Judas como um desperdício, pois o perfume poderia ser vendido e o dinheiro dado aos pobres. Jesus, porém, defendeu Maria: “Deixai-a; que o guarde para o dia do meu sepultamento. Porque os pobres, sempre os tendes convosco; mas a mim nem sempre me tendes.” (João 12:7-8)
O gesto de Maria revela um amor “extravagante”, que não calcula custos nem se importa com críticas. O perfume de nardo puro era extremamente valioso, possivelmente representando todas as economias daquela mulher. Ao ungir Jesus, ela demonstrava uma compreensão profunda da iminência de sua morte e expressava seu amor da maneira mais generosa possível.
A Unção em Betânia: Profecia e Memória
Jesus declara que o gesto de Maria seria lembrado onde quer que o Evangelho fosse pregado, em todo o mundo (Mateus 26:13). Esta afirmação extraordinária nos convida a refletir sobre o valor que Cristo atribui aos gestos de amor genuíno.
Na tradição católica, a unção realizada por Maria é vista como uma prefiguração dos sacramentos, particularmente da Unção dos Enfermos. Também podemos entender este gesto como uma antecipação simbólica do embalsamamento que não pôde ser concluído após a crucificação devido à chegada do sábado.
Maria de Betânia nos ensina a importância de estar presente, de escutar atentamente e de expressar nosso amor a Cristo de maneira generosa e sem cálculos. Ela exemplifica o que significa amar a Jesus com todo o coração, com toda a alma e com todo o entendimento (Mateus 22:37).
Lázaro: O Testemunho da Ressurreição
“Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo.” (João 11:11)
O terceiro membro desta família especial, Lázaro, ocupa um lugar único nos Evangelhos como protagonista de um dos maiores milagres realizados por Jesus: a ressurreição de um morto após quatro dias de sepultamento.
O capítulo 11 de João narra este episódio extraordinário, começando com a notícia da doença de Lázaro: “Senhor, eis que está enfermo aquele a quem amas” (João 11:3). Esta mensagem, enviada pelas irmãs, revela a relação especial que Jesus tinha com Lázaro, descrito repetidamente como “aquele a quem Jesus amava”.
Curiosamente, ao receber a notícia, Jesus não partiu imediatamente para Betânia, mas esperou dois dias antes de iniciar a viagem. Quando finalmente chegou, Lázaro já estava morto havia quatro dias, tempo suficiente para que, segundo as crenças judaicas da época, a alma abandonasse definitivamente o corpo.
O Milagre que Revelou a Glória de Deus
Diante do túmulo de Lázaro, ocorre um dos momentos mais comoventes dos Evangelhos: “Jesus chorou” (João 11:35). Este versículo, o mais curto da Bíblia, revela a profundidade da humanidade de Cristo e sua compaixão genuína pelo sofrimento humano.
Após orar ao Pai, Jesus ordenou com voz forte: “Lázaro, vem para fora!” (João 11:43). E o milagre aconteceu: aquele que estava morto saiu do túmulo, ainda envolto em faixas funerárias, vivo novamente.
Este milagre extraordinário teve profundas consequências. Por um lado, muitos judeus presentes creram em Jesus ao presenciar tão grande sinal. Por outro, os líderes religiosos, temendo a crescente popularidade de Jesus, intensificaram seus planos para matá-lo. Como nos relata João:
“Desde aquele dia, resolveram matá-lo. (…) Planejaram também matar a Lázaro, porque muitos, por causa dele, criam em Jesus.” (João 11:53; 12:10-11)
Lázaro tornou-se, assim, um testemunho vivo do poder de Cristo sobre a morte e, consequentemente, um alvo da perseguição daqueles que rejeitavam Jesus.
Lázaro: O Amigo Silencioso
Uma característica notável de Lázaro nos Evangelhos é seu silêncio. Apesar de ser uma figura central em um dos mais importantes milagres de Jesus, não há registro de qualquer palavra proferida por ele. Sua vida, sua morte e sua ressurreição falam por si mesmas.
Este silêncio eloquente de Lázaro nos ensina que, por vezes, nosso testemunho mais poderoso não está no que dizemos, mas no que Cristo faz em nós. Lázaro não precisava pregar sobre a ressurreição – ele a havia experimentado pessoalmente.
Na tradição católica, São Lázaro é venerado como padroeiro dos doentes, especialmente dos que sofrem de doenças contagiosas. Sua festa litúrgica é celebrada em 29 de julho, juntamente com suas irmãs Marta e Maria.
As Lições Espirituais de Betânia para Nossa Vida
A história desta família extraordinária nos oferece valiosas lições para nossa caminhada de fé. Ao examinarmos suas vidas e seu relacionamento com Jesus, podemos extrair ensinamentos que enriquecem nossa própria experiência cristã.
O Equilíbrio entre Ação e Contemplação
Marta e Maria representam duas dimensões essenciais e complementares da vida cristã: a ação e a contemplação. São João Paulo II afirmou: “O primado da vida contemplativa sobre a vida ativa e a sua necessária integração foram sempre afirmados pela tradição da Igreja.”
A vida cristã autêntica requer este equilíbrio. Precisamos cultivar momentos de intimidade com Deus, como Maria, sentados aos pés de Jesus, ouvindo sua palavra e deixando-nos transformar por ela. Igualmente, somos chamados a servir nossos irmãos com generosidade e dedicação, como Marta, traduzindo nossa fé em obras concretas de caridade.
Santo Agostinho ensina que estas duas dimensões não se opõem, mas se complementam: “Se ninguém te impuser o fardo da necessidade de cuidar dos outros, dedica-te a contemplar a verdade. Se, porém, te for imposto tal fardo, assume-o por exigência da caridade.”
A Amizade com Jesus: Um Chamado Pessoal
Um aspecto marcante na relação de Jesus com Marta, Maria e Lázaro é a amizade genuína que os unia. Esta realidade nos lembra que Cristo não deseja apenas nossa reverência distante, mas uma relação íntima e pessoal.
São João nos ensina que “já não vos chamo servos… antes, tenho-vos chamado amigos” (João 15:15). Esta amizade divina é um convite a todos nós. Jesus deseja ser recebido em nossas casas, em nossos corações, em nossa intimidade.
O Papa Bento XVI, em sua encíclica “Deus Caritas Est”, afirma: “A fé cristã não é apenas uma doutrina, uma sabedoria, um conjunto de normas morais, uma tradição. A fé cristã é um encontro com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte.”
Este encontro pessoal com Cristo é o que transformou a vida de Marta, Maria e Lázaro, e é o que continua transformando a vida de todos os que abrem as portas de seu coração para o Senhor.
A Ressurreição: Nossa Esperança Definitiva
A ressurreição de Lázaro é um poderoso sinal da vitória definitiva de Cristo sobre a morte. Embora Lázaro tenha voltado à vida mortal (e, posteriormente, tenha morrido novamente), seu retorno do túmulo prefigura a ressurreição gloriosa de Jesus e a ressurreição futura de todos os crentes.
Esta esperança ilumina nossa existência e nos dá força para enfrentar os desafios da vida. Como ensina São Paulo: “Se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa pregação, vã é também a vossa fé” (1 Coríntios 15:14).
A ressurreição de Lázaro nos lembra ainda que Jesus tem poder sobre todas as “mortes” que experimentamos na vida: desânimo, fracasso, pecado, desesperança. Sua voz continua chamando: “Vem para fora!” – convidando-nos a sair dos túmulos que nos aprisionam e a viver em plenitude.
A Devoção aos Santos de Betânia na Tradição Católica
Na tradição católica, Marta, Maria e Lázaro são venerados como santos, modelos de fé e intercessores junto a Deus. Sua memória litúrgica é celebrada em 29 de julho, conforme o Calendário Romano Geral atualizado em 2021 pelo Papa Francisco.
Santa Marta
Santa Marta é tradicionalmente invocada como padroeira das donas de casa, cozinheiras, empregadas domésticas e hoteleiros. Sua imagem é geralmente representada com utensílios de cozinha ou com uma colher na mão, simbolizando seu espírito de serviço.
Uma bela tradição popular em alguns países católicos é a de recitar a “Oração a Santa Marta” nas terças-feiras, dia tradicionalmente dedicado a ela. Nesta oração, pede-se sua intercessão para resolver problemas difíceis e situações aparentemente impossíveis.
Santa Maria de Betânia
Maria de Betânia é frequentemente confundida com Maria Madalena e com a pecadora anônima que ungiu os pés de Jesus na casa de Simão, o fariseu (Lucas 7). Embora a tradição ocidental tenha por vezes fundido estas figuras, estudos bíblicos contemporâneos e a tradição oriental sempre as mantiveram distintas.
Maria de Betânia é venerada como padroeira dos contemplativos e daqueles que buscam uma vida de oração profunda. Seu gesto de unção inspirou várias ordens religiosas dedicadas à adoração perpétua do Santíssimo Sacramento.
São Lázaro
A devoção a São Lázaro é particularmente forte em regiões que sofreram com epidemias ao longo da história. Como aquele que retornou da morte, Lázaro é invocado pelos que enfrentam doenças graves, especialmente contagiosas.
Uma tradição interessante, especialmente presente em regiões de cultura hispânica, é a de acender velas para São Lázaro pedindo sua intercessão por doentes em estado crítico.
Aplicando os Ensinamentos de Betânia em Nossa Vida
Como podemos traduzir as lições desta família de Betânia em nossa vida cotidiana? Como seus exemplos podem iluminar nossa caminhada de fé?
Cultivando a Hospitalidade Cristã
A primeira lição que aprendemos com esta família é o valor da hospitalidade. Seu lar estava sempre aberto para Jesus e seus discípulos. Esta abertura ao outro é uma expressão concreta do amor cristão.
O Catecismo da Igreja Católica nos lembra que “a hospitalidade é uma forma de culto” (CIC 2297). Quando abrimos nossa casa e nosso coração aos outros, especialmente aos necessitados, estamos acolhendo o próprio Cristo: “Fui forasteiro, e me hospedastes” (Mateus 25:35).
Em um mundo marcado pelo individualismo e pela indiferença, somos chamados a fazer de nossos lares, como a casa de Betânia, lugares de acolhimento, escuta e partilha.
Equilibrando Oração e Ação
Como já refletimos, Marta e Maria nos ensinam a buscar o equilíbrio entre ação e contemplação. O Papa Francisco frequentemente alerta contra o “ativismo vazio” que nos mantém em constante movimento, mas sem profundidade espiritual.
Para integrar estas dimensões em nossa vida, podemos:
- Reservar diariamente um tempo específico para a oração pessoal, a leitura orante da Palavra e o silêncio contemplativo.
- Cultivar uma atitude de presença a Deus mesmo em meio às atividades cotidianas, transformando nosso trabalho em oração.
- Participar ativamente da vida sacramental da Igreja, especialmente da Eucaristia, fonte e ápice da vida cristã.
- Engajar-nos em obras concretas de caridade, reconhecendo em cada pessoa necessitada o rosto de Cristo.
Testemunhando a Ressurreição
Como Lázaro, somos chamados a ser testemunhas vivas da ressurreição. Isto significa viver com a certeza de que Cristo venceu a morte e de que nele temos a vida eterna.
O testemunho desta esperança se manifesta em nossa capacidade de enfrentar as dificuldades com fé, de encontrar sentido no sofrimento e de irradiar a alegria que brota da certeza do amor de Deus.
Especialmente nos momentos de provação, quando enfrentamos nossas próprias “mortes” – seja a perda de um ente querido, uma doença grave, um fracasso profissional ou uma crise espiritual – somos convidados a escutar a voz de Jesus que nos chama para fora do túmulo.
Conclusão: O Lar de Betânia como Modelo para Nossa Vida Espiritual
Ao concluirmos nossa reflexão sobre Marta, Maria e Lázaro, somos convidados a fazer de nossa vida um “lar de Betânia” para Jesus – um lugar onde Ele é acolhido, escutado, servido e amado.
Que possamos, como Marta, servir ao Senhor com dedicação e zelo, sem perder de vista o essencial. Que possamos, como Maria, escolher “a melhor parte”, cultivando momentos de intimidade com Cristo. E que possamos, como Lázaro, ser testemunhas silenciosas mas eloquentes do poder transformador e vivificante do Mestre.
Os santos de Betânia nos mostram que a santidade é possível na simplicidade do cotidiano, na partilha fraterna e na amizade sincera com Jesus. Eles nos lembram que o centro da vida cristã não está em fórmulas complicadas ou em grandes feitos, mas no relacionamento pessoal com Aquele que é o caminho, a verdade e a vida.
Que a intercessão de Santa Marta, Santa Maria e São Lázaro nos ajude a crescer em nosso amor a Cristo e a viver cada dia mais plenamente os valores do Evangelho.
“Jesus amava a Marta, a sua irmã e a Lázaro.” (João 11:5)