Você já parou para ponderar sobre as circunstâncias milagrosas que cercam o nascimento de Jesus?
Vamos viajar no tempo para um mundo de profecias e milagres. Nos encontramos na época do profeta Isaías, que previu um nascimento que mudaria para sempre o curso da humanidade. Um nascimento virginal.
Agora, essa é uma afirmação que certamente chamaria a atenção em qualquer época! A profecia, conforme relatada no livro de Isaías diz,
Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará ‘Deus Conosco’. (Isaías, 7, 14)
Em um mundo onde o nascimento virginal era inédito, essa profecia devia soar como um enigma envolto em mistério. No entanto, era uma promessa, uma garantia divina, de que um salvador estava chegando.
O poder desse evento não está apenas no milagre em si, mas na importância que teve para o mundo religioso. Um salvador estava no horizonte, e esse nascimento divino era a sua grande entrada. Essa profecia, esse nascimento virginal, era um sinal de que algo extraordinário estava prestes a acontecer. Não se tratava apenas do nascimento de uma criança; era sobre o nascimento da esperança, da salvação e de uma nova era. A expectativa devia ser palpável, um zumbido constante no cotidiano.
No entanto, não foi um grande espetáculo com fogos de artifício e holofotes. Foi uma promessa silenciosa, sussurrada ao longo das eras, esperando o momento perfeito para se desdobrar. Uma promessa prestes a se cumprir da forma mais inesperada, no cenário mais humilde.
A Escolha de um Casal Humilde
“Quem foram escolhidos para serem os pais dessa criança divina? Um par improvável, de fato.” Agora, voltemos no tempo para a movimentada cidade de Nazaré, onde nossa história se desenrola. Encontramos um simples carpinteiro chamado José, firme e honesto. Um homem cujas mãos estavam mais familiarizadas com o áspero grão da madeira do que com a suave textura da pele de um recém-nascido. Ele estava comprometido com uma jovem chamada Maria, conhecida por seu espírito gentil e coração virtuoso. Eles eram pessoas comuns, vivendo em uma cidade comum, levando vidas comuns. Mas, como todos sabemos, o comum muitas vezes é o berço do extraordinário.
O Sim de Maria
Foi à Maria que o anjo Gabriel apareceu pela primeira vez, entregando uma mensagem que viraria o mundo deles de cabeça para baixo.
O anjo disse-lhe: “Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim”. (Lucas 1, 30-33)
Maria, uma virgem, prestes a se tornar mãe. E não apenas qualquer mãe, mas a mãe do Filho de Deus. Apesar do seu medo inicial, a fé de Maria não vacilou. Ela aceitou esse destino divino com graça:
Maria disse: “Eu sou a serva do Senhor; Faça-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo a deixou. (Lucas 1:38)
A Confiança de José
José, ao ouvir a notícia, inicialmente foi tomado pela incredulidade. Como poderia sua noiva, uma mulher que ele sabia ser virtuosa, estar grávida? Foi em um sonho que um anjo do Senhor apareceu a ele, confirmando a notícia inacreditável de Maria.
A criança dentro dela foi concebida pelo Espírito Santo, e ele deveria ser chamado Jesus, pois salvaria o seu povo dos seus pecados.
Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: “José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados”. (Mateus 1, 20-21)
José, como Maria, escolheu a fé em vez da dúvida. Ele aceitou o plano divino e tomou Maria como sua esposa, pronto para criar a criança como seu próprio filho.
“De humildes começos, uma grande história estava prestes a se desenrolar.” Um carpinteiro e uma jovem, escolhidos por Deus para serem os pais terrenos de seu filho divino. Sua história, um testemunho de fé e aceitação, prepara o cenário para o nascimento de Jesus, um evento humilde que mudaria o curso da história para sempre.
Belém, a Cidade Escolhida para o Nascimento de Jesus
“Belém, uma cidade pequena com um grande papel. Por que este foi o lugar escolhido para o nascimento de Jesus?” Vamos mergulhar na história. Para entender isso, precisamos voltar aos tempos de César Augusto, o primeiro imperador de Roma. Havia um decreto de que todo o mundo deveria ser registrado, um censo de certa forma. E para isso, todos tinham que ir para sua cidade natal. José, sendo da linhagem de Davi, teve que viajar de Nazaré, onde morava, para Belém, a cidade de Davi. Acompanhando-o estava Maria, sua noiva, que estava prestes a dar à luz, não apenas uma criança, mas o Messias anunciado. Imagine a jornada, uma distância de cerca de 110 quilômetros , com Maria prestes a dar à luz. Eles viajaram a pé e de burro, por terrenos rochosos e caminhos empoeirados, até Belém.
Não havia lugar para eles
Foi uma jornada de fé, uma jornada de obediência. Ao chegar a Belém, encontraram a cidade cheia de pessoas, todos lá para o censo. Cada hospedaria, cada moradia, estava lotada. Não havia lugar para eles. Imagine a desesperação, a preocupação. Ali estava Maria, prestes a dar à luz e não havia um único lugar para eles ficarem. Mas eles encontraram um lugar, não uma hospedaria ou uma moradia confortável, mas um estábulo. Um lugar onde os animais eram mantidos. Nas circunstâncias mais humildes, em um cocho, Maria deu à luz a Jesus. Não havia parteiras, nem confortos de um lar, apenas um cocho em um estábulo. No entanto, este foi o lugar escolhido para o nascimento do Rei dos Reis. Este era Belém, uma cidade pequena, desempenhando um grande papel em um plano divino. Um lugar escolhido para destacar o humilde começo de Jesus, o Salvador da humanidade.
Os Pastores foram os primeiros a saber do nascimento de Jesus
“Quem foram os primeiros a saber do nascimento de Jesus? Não reis ou sacerdotes, mas simples pastores.” Imagine isso. Pastores, os mais humildes da sociedade, foram os primeiros a receber a notícia do nascimento de Jesus, o Salvador. A ironia é tão profunda quanto o próprio evento. Você vê, era uma noite como qualquer outra, o ar estava nítido e frio, as estrelas cintilavam na vastidão do céu. Os pastores estavam cuidando de seus rebanhos, talvez até compartilhando algumas palavras tranquilas ou risadas entre eles. Mal sabiam eles que suas vidas estavam prestes a mudar para sempre. De repente, o céu noturno se iluminou com uma luz brilhante. Um anjo apareceu, sua glória iluminando as colinas ao redor. Os pastores, compreensivelmente, ficaram aterrorizados.
Mas o anjo, em toda sua majestade, os confortou com palavras que ecoam através dos séculos:
O anjo disse-lhes: “Não temais, eis que vos anuncio uma Boa-Nova que será alegria para todo o povo: hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor. (Lucas 2:10-11)
Você consegue imaginar o espanto, a maravilha, a pura incredulidade que deve ter se espalhado por eles? O Messias prometido, o Salvador de seu povo, havia chegado. E eles, simples pastores, foram os primeiros a saber. Encorajados pela mensagem do anjo, deixaram seus rebanhos e viajaram para Belém. O caminho iluminado pelas estrelas os levou a um estábulo humilde, onde uma jovem segurava um recém-nascido nos braços. Este não era um criança comum; este era o Messias, o Salvador deles.
Por que pastores, alguém poderia perguntar? Talvez fosse para mostrar que esse nascimento divino não era apenas para os altos e poderosos. Este era um Salvador para todas as pessoas, para os humildes e os orgulhosos, os ricos e os pobres. O amor de Deus não conhece limites, e esse amor divino foi incorporado na criança Cristo, nascida em um estábulo humilde, anunciada a humildes pastores. “Nos montes silenciosos, a primeira mensagem de Natal foi entregue.”
Os Reis Magos e o os seus presentes para Jesus
“E os primeiros a trazer presentes dignos de um rei foram os homens sábios do Oriente.” Essas perguntas nos levam a uma jornada fascinante na história dos homens sábios, ou Magos, como são frequentemente chamados. Guiados por uma estrela, esses homens embarcaram em uma busca do Oriente para encontrar o recém-nascido Rei. Esses Magos não eram homens comuns; eram estudiosos, astrônomos, conhecedores de antigas profecias e movimentos celestes. Sua jornada não foi apenas física, mas uma busca espiritual, impulsionada por uma profecia divina. Os presentes que eles trouxeram não foram escolhas aleatórias, mas tinham um profundo significado simbólico.
O primeiro presente, ouro, um metal precioso digno de um rei, simbolizava a posição real de Jesus. Era um reconhecimento de sua realeza, não sobre um reino terreno, mas sobre um celestial. O segundo presente, incenso, era uma resina usada em adoração e oração, significando Jesus como o Santo de Deus. O terceiro presente, mirra, era uma resina amarga usada para fins de embalsamento, prenunciando a morte de Jesus e sua humanidade. Tendo prestado homenagem à criança e apresentado seus presentes, os Magos foram avisados em um sonho para não retornar a Herodes. Esta intervenção divina protegeu Jesus da ira de Herodes e permitiu que sua família escapasse para o Egito. Assim, os homens sábios, guiados por uma estrela, conduzidos pela fé, trouxeram presentes de significado profundo. Eles reconheceram Jesus como Rei, reconheceram sua natureza divina e reconheceram seu destino humano. Sua jornada não foi apenas uma busca física, mas uma jornada espiritual, uma jornada de fé, esperança e amor. “Com a partida deles, o palco estava preparado para a vida de um Salvador.” Eles cumpriram seu papel na narrativa grandiosa, e com sua saída, os próximos capítulos dessa história divina estavam prontos para se desdobrar.